Segundo o colunista PX Silveira, do jornal Diário da Manha, já é sabido nos gabinetes goianienses que Goiânia não foi escolhida como sede do Mundial de 2014, apesar da divulgação oficial da FIFA só sair em maio.
Se confirmada, será outra previsão acertada do Blog, apesar de que essa, nós gostaríamos muito de ter errado.
Mais do que uma pena, uma vergonha.
Se confirmada, será outra previsão acertada do Blog, apesar de que essa, nós gostaríamos muito de ter errado.
Mais do que uma pena, uma vergonha.
Leia na íntegra a reportagem que foi publicada hoje:
de PX Silveira
O dia em que Goiânia perdeu a Copa
06/04/2009
Publicidade DM
Poucos já sabem. Mas os que sabem são os que decidem. A Copa do Mundo de 2014 não vem para Goiânia. Se uma ou outra pessoa desmonstrar indignação, saiba que o resultado da seleção das cidades que receberão a Copa faz jus à nossa modesta Goiânia. Na verdade, perdemos por W.O. Não conseguimos nem assustar o adversário, porque sequer entramos no campo da disputa. Os motivos? Puramente a falta de motivos.
Excetuando os ditos espetos do prefeito Iris, com seus viadutos que modernizam a cara da cidade; tirante a excelência do hotel 5 estrelas e um ou outro restaurante, o que mais existiria de equipamento receptivo que poderia contribuir para a escolha de Goiânia? Onde estão sua alma, seu entusiasmo e sua cultura?
A nossa sociedade dominante, que dá a cor local, é um ser precocemente envelhecido. É predominantemente formada por pessoas atrasadas, quando não preguiçosas, sempre sem visão de futuro. Estamos permanentemente na ante-sala das fazendas. Em um cafundó urbanizado. A malemolência desse povo dominante só é vencida pela mesquinhez dos seus interesses privados.
O dia a dia está empregnado de teatro, muito embora, oficialmente, a cultura jamais fez parte da agenda. E nossos gestores públicos, que dizer destes lindos adornos? Eles engatinham de manobra em manobra, no intuito de se manterem ligados às tetas do poder. Sem jamais romper os limites do nosso curral mental.
Há pouco recebi no celular uma chamada do atual presidente dos altos negócios turísticos do Estado. Em sua voz mansa e unilateral, tratou comigo um encontro ao meio-dia do dia seguinte. Tivesse eu ficado esperando, lá estaria até hoje, sem nenhum sinal ou explicação. Vindo de uma pessoa pública, é o respeito dando calote. Ainda na área pública, comemore-se mais um desaniversário do Centro Cultural Oscar Niemeyer: um duplo calote público, protagonizado por dois governadores.
Já o ex-presidente do placoso Sindicato dos Outdoors e diretor hereditário de uma das mais tradicionais agências do Estado, é capaz de fazer pessoas virem antecipadamente de São Paulo só para ouvir de sua secretaria que o patrão não poderia honrar a reunião que ele próprio marcara, porque estava na rua tratando de retirar suas placas ilegais. E assim seguir sem qualquer constrangimento pelo furo ou mesmo um telefonema de atenção, consideração e atenuamento.
O jogo já vai alto. Começou há 76 anos. O que é uma idade de criança para um cidade, é o suficiente para marcar a imagem de desleixo que hoje Goiânia tem. Afinal, telefonando ou não, estamos muito aquém de tudo, exceto da ostentação, que a temos de sobra. E não precisamos ir muito longe. Na área privada, diretores de produtoras outrora respeitáveis e que vendiam Goiás como um produto de futuro luziante, hoje devem para seus amigos e não conseguem pagar nem mesmo uma explicação suficiente para manter as amizades.
Goiânia, assim, vai ficando cada vez mais a cidade prometida e que nunca se cumpriu. Seus habitantes e feitores são mitos que vão tombando à beira do caminho da história. Copa em Goiânia? Só no ano em que Judas pendurar as chuteiras.
PX Silveira é presidente do Instituto ArteCidadania e coordenador
do movimento de resgate do Cine Santa Maria, futura Usina de Cinema.
O dia em que Goiânia perdeu a Copa
06/04/2009
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Poucos já sabem. Mas os que sabem são os que decidem. A Copa do Mundo de 2014 não vem para Goiânia. Se uma ou outra pessoa desmonstrar indignação, saiba que o resultado da seleção das cidades que receberão a Copa faz jus à nossa modesta Goiânia. Na verdade, perdemos por W.O. Não conseguimos nem assustar o adversário, porque sequer entramos no campo da disputa. Os motivos? Puramente a falta de motivos.
Excetuando os ditos espetos do prefeito Iris, com seus viadutos que modernizam a cara da cidade; tirante a excelência do hotel 5 estrelas e um ou outro restaurante, o que mais existiria de equipamento receptivo que poderia contribuir para a escolha de Goiânia? Onde estão sua alma, seu entusiasmo e sua cultura?
A nossa sociedade dominante, que dá a cor local, é um ser precocemente envelhecido. É predominantemente formada por pessoas atrasadas, quando não preguiçosas, sempre sem visão de futuro. Estamos permanentemente na ante-sala das fazendas. Em um cafundó urbanizado. A malemolência desse povo dominante só é vencida pela mesquinhez dos seus interesses privados.
O dia a dia está empregnado de teatro, muito embora, oficialmente, a cultura jamais fez parte da agenda. E nossos gestores públicos, que dizer destes lindos adornos? Eles engatinham de manobra em manobra, no intuito de se manterem ligados às tetas do poder. Sem jamais romper os limites do nosso curral mental.
Há pouco recebi no celular uma chamada do atual presidente dos altos negócios turísticos do Estado. Em sua voz mansa e unilateral, tratou comigo um encontro ao meio-dia do dia seguinte. Tivesse eu ficado esperando, lá estaria até hoje, sem nenhum sinal ou explicação. Vindo de uma pessoa pública, é o respeito dando calote. Ainda na área pública, comemore-se mais um desaniversário do Centro Cultural Oscar Niemeyer: um duplo calote público, protagonizado por dois governadores.
Já o ex-presidente do placoso Sindicato dos Outdoors e diretor hereditário de uma das mais tradicionais agências do Estado, é capaz de fazer pessoas virem antecipadamente de São Paulo só para ouvir de sua secretaria que o patrão não poderia honrar a reunião que ele próprio marcara, porque estava na rua tratando de retirar suas placas ilegais. E assim seguir sem qualquer constrangimento pelo furo ou mesmo um telefonema de atenção, consideração e atenuamento.
O jogo já vai alto. Começou há 76 anos. O que é uma idade de criança para um cidade, é o suficiente para marcar a imagem de desleixo que hoje Goiânia tem. Afinal, telefonando ou não, estamos muito aquém de tudo, exceto da ostentação, que a temos de sobra. E não precisamos ir muito longe. Na área privada, diretores de produtoras outrora respeitáveis e que vendiam Goiás como um produto de futuro luziante, hoje devem para seus amigos e não conseguem pagar nem mesmo uma explicação suficiente para manter as amizades.
Goiânia, assim, vai ficando cada vez mais a cidade prometida e que nunca se cumpriu. Seus habitantes e feitores são mitos que vão tombando à beira do caminho da história. Copa em Goiânia? Só no ano em que Judas pendurar as chuteiras.
PX Silveira é presidente do Instituto ArteCidadania e coordenador
do movimento de resgate do Cine Santa Maria, futura Usina de Cinema.
AGORA SÓ NOS RESTA TORCER PARA QUE O COLUNISTA ESTEJA ENGANADO.
1 comentários:
PERFEITO!
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