"É você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vêm."
Toda copa é a mesma coisa...
Sempre os chatos de gerações passadas ficam diminuindo os jogadores atuais e exaltando os que ficaram pra trás. Hoje assisti pela milésima vez o documentário: "Todos os corações do Mundo", sobre a Copa dos EUA em 1994. Sem medo de errar, aquela foi a minha copa. Romário, Hagi, Baggio, Taffarel, Pagliuca, Stoichkov, Brolin, Ravelli, Preud'home, Anderson, Maradona, Escobar, Valderrama, Bebeto, Maldini, Jorge Campos, Bergkamp, Caminero, Branco, Batistuta, Zubizarreta, Lalas, Milla, Salenko, Klinsmann, Jorginho, Baresi, Tony Meola. Eu poderia citar dezenas. Os ídolos da minha infância. Essa foi e sempre será a minha copa. Tinha apenas meus sonhadores 8 anos de idade e me lembro que desde então, já ouvia meus tios rabujentos e cascorudos reclamarem. Reclamavam do Branco, que pra mim era o maior batedor de faltas do mundo. Reclamavam do Parreira, e o Brasil seguia ganhando. Reclamavam do Zinho e ele me encantava sendo o primeiro a pedalar pra cima de um adversário.Diziam que a copa não tinha mais os craques de antigamente, quando eu me emocionava com jogadas mágicas a cada jogo. As cicatrizes deixadas pela geração das copas dos anos 80, e da fatídica seleção de Lazaroni em 90, ainda estavam muito vivas no peito dos meus tios e de todos aqueles que viveram aquelas copas.
Vibrei muito com a dupla Ronaldo e Rivaldo nas copas de 98 e 2002, sorri com as pedaladas do Denílson, os chutes de Roberto Carlos e as arrancadas do Cafú. Chorei de raiva quando ví nossa seleção de craques ser esmagada de forma passiva pela genialidade de Zidane em 2006. Tudo isso foi muito especial, mas não se compara a copa de 94. E foi vendo a impolgação das crianças ao assistir a copa desse ano, é que me dei conta que as copas inesquecíveis são as de quando ainda somos crianças. As crianças de hoje vão falar dessa copa assim como falo da de 94. Robinho, Villa, Ozil, Lugano, Messi, Júlio César, Káká, Forlan, Higuain, Lúcio. Esses serão os nomes que polvoaram os seus sonhos por muito tempo.
Até quando crescerem e se tornarem críticos rabujentos e cascorudos, desapaixonados como tantos os outros, afinal, a copa é das crianças.
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