A imagem acima, emoldurada na eternidade, finaliza a Copa do Mundo de 2010. Venceu o melhor, o que nem sempre acontece no futebol. Como apaixonado por futebol que sou, guardo alguns times na memória. Times que marcaram, que se mostraram diferente dos demais. Lembro com saudades do São Paulo de Telê Santana, da geração Parmalat do Palmeiras e de ter visto do estádio a dupla dos meus dois maiores ídolos, Ronaldo e Romário, jogando lado a lado em um Brasil x Polônia no estádio Serra Dourada. Guardo no meu baú de nostalgias a França do maestro Zidane, o santos de Diego e Robinho, o Cruzeiro da Tríplice Coroa, o Grêmio de Paulo Nunes e Jardel, o Vasco do iluminado Edmundo, a Holanda de Dennis Bergkamp, o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, o Corinthians de Marcelinho Carioca, o Inter de Fernandão e Sóbis, a Dinamarca de Laudrup e Schmeichel e mais recentemente, e por pura pacionalidade, o Flamengo de Adriano e Petkovic. Hoje a Espanha entrou pra esse seleto grupo. Confesso que poucas vezes ví um time jogar um futebol tão bonito e que me agrade tanto quanto o praticado pela Fúria nessa copa. A final de 2006 ainda estava entalada. A França de Henry, Vieira, Ribery, Thuram e do genial Zidane não deveria ter perdido aquele dia. O título Francês encerraria de forma gloriosa a carreira de um dos maiores jogadores da história do futebol. Zidane terminou como vilão. Por algum motivo que a lógica desconhece, os Deuses do futebol não quiseram esse final hollywoodiano. O time italiano venceu, mas não me convenceu. A Copa de Buffon, Cannavaro e Pirlo foi sem dúvida impecável, mas não se compara ao desfile promovido por Zidane nos jogos contra Espanha, Brasil e Portugal. Senti que naquele dia o futebol perdeu, assim como me sentiria caso a Holanda conquistasse o título no dia de hoje. A Holanda teve 3 gerações geniais, inesquecíveis. A geração de Kroeff, que perdeu injustamente os mundiais de 74 e 78, apesar de nesse último o craque holandês não ter atuado, a geração campeã europeia com Van Basten, Gullit e Rijkaard em 88, e a seleção que terminou em 4º Lugar a Copa de 98, com Bergkamp, Kluivert, Zenden, Cocu, Stam, Overmans, Seedorf, Davids e os irmãos de Boer. Não seria justo que depois de seleções memoráveis como essas já citadas, a Holanda chegasse ao título com um time de brucutus como esse visto em 2010. O talento inegável de Sneijder e Robben foi pouco para levar a laranja à glória. O Vice-Campeonato ficou de ótimo tamanho, uma vez que ao meu ver a seleção alemã era bem superior ao time holandês.
A Copa da África deixará saudades. A Vuvuzela, o Polvo e a Jabulani. O Soccer City e todos os outros estádios deslumbrantes. O choro brasileiro mais uma vez nas quartas, a mão de Suarez, a dança de Gyan e o gol de Iniesta. A nova cara do futebol Alemão, a volta de Maradona a uma copa do mundo, os lances polêmicos e até mesmo o pé frio do Mick Jagger. O quase record de gols do Klose, o choro de Casillas, a despedida de Galvão Bueno e o sorriso de Mandela. Todas lembranças que levarei de mais um mundial. Inesquecível e marcante como todos os outros.
Me emocionei hoje ao final do jogo quando o telão do Soccer City agradeceu a África do Sul e estampou a frase: "Nos vemos no Brasil."
Faltam 1460 dias para a copa 2014, a nossa copa. Parece muito, mas passa rapidinho. Eu não vejo a hora.
1 comentários:
Muito bom o texto. Merecido o título espanhol.
Meu Blog: www.jonesbegol.blogspot.com
Abraço
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